Mudanças no Podcast
O Papo de FGC surgiu como o título do primeiro episódio que fizemos no Papo de NPC sobre jogos de luta, e, após um segundo episódio ainda focado no tema, para os membros da bancada mais envolvidos com o gênero, ficou uma sensação gostosa e nostálgica, ao relembrar esses jogos clássicos, com seus personagens icônicos e músicas cativantes, que fizeram parte de sua da formação individual. Para estes, ficou claro que aqueles episódios eram a semente de um projeto maior, que merecia atenção.
Tentar fazer a minha parte pelo nosso podcast principal sempre foi algo com que sempre me comprometi, mas sentia que não estava encontrando oportunidades de contribuir de forma adequada, e isso me incomodava. Ao mesmo tempo, com o passar dos dias, minha disposição pra investir muito tempo em videogames veio diminuindo gradativamente, e, com isso, minhas contribuições como participante da bancada estavam cada vez menos relevantes. Não que eu achasse ser uma pessoa irrelevante no contexto, mas sentia que os assuntos que eu trazia para a conversa eram pouco relevantes para o contexto da maioria.
Mas daí aconteceu o lançamento de um joguinho bem interessante, que tem feito um pouco de sucesso, chamado Street Fighter 6. Ele reavivou a chama do amor pelos jogos de luta no meu coração, que tinha renascido com uma faísca lançada pelos episódios temáticos que tínhamos lançado. SFIV existiu em um momento da minha vida em que eu estava afastado dos videogames, e eu também fui um dos que não se animou com o lançamento de SFV. Mas SF6 me encantou com seu trailer de lançamento, cuja clara mensagem era que esse jogo era um meio de expressão, com suas customizações de avatar e a possibilidade de andar pelo mapa e entrar em um contato mais aprofundado com os lutadores. Eu queria poder falar mais sobre esse mundo, mas sentia que jogos de luta não são facilmente aceitos pela maioria, e trazer esse assunto muito frequentemente ao Papo de NPC poderia tornar o podcast desinteressante para quem não gosta do gênero.Chegou um ponto em que eu estava novamente envolvido demais com o os jogos de luta, jogando mais de um título, em várias plataformas diferentes, assistindo campeonatos, conhecendo os atletas e acompanhando o cenário. Eu tinha que conversar sobre isso com alguém, nem que fosse com as paredes. Felizmente eu sabia de alguém que tinha vontades parecidas, e era o Victor. Fiz um pequeno resumo da minha ideia de como seria o Papo de FGC se ele fosse um podcast próprio, e mandei pra ele, que não demorou a responder dizendo que estava dentro. Encontrei aí a minha oportunidade de contribuir para o grupo de uma forma que eu considerava construtiva.
A ideia inicial é que fosse um podcast de baixo custo operacional e zero custo financeiro. Ele começou assim, e já deu 2 horas de duração no episódio piloto. Não tem jeito, nós gostamos demais de falar sobre isso! E, muito ao contrário do que eu imaginei, foi muito divertido
rejogar Street Fighter II, e logo percebi que me envolver com esse projeto reavivaria meu prazer em jogar videogame. E, como somos ambiciosos em nossa criatividade, o plano do custo reduzido começou a ruir. Com a entrada do Gunnar na bancada (que era a ideia desde o começo, mas não tínhamos certeza se ele teria condições de se envolver), os programas ultrapassaram as 3 horas. Tivemos que fazer concessões pra que as gravações não se entendessem pela eternidade, e acabamos sacrificando a seção Fichas Pretas, em que falávamos sobre um atleta da cena competitiva. Me deixou triste porque o nome da seção era bom demais, e, a medida que eu ia pesquisando, conhecia as histórias incríveis por trás dessas pessoas. Mas era a seção que menos importava para o contexto nacional, pois a maioria dos atletas de renome vêm do exterior.
O YouTube é uma plataforma nova, tanto para mim como para o grupo do podcast, e estávamos aprendendo sobre ela a medida que publicávamos os episódios, não somente como criadores de conteúdo, mas também do ponto de vista dos espectadores, através das métricas oferecidas pela plataforma. Ao mesmo tempo que o YouTube tenta se promover como um lugar para se ouvir podcasts, conseguir projeção com programas tão longos quanto o nosso é difícil, pois nem todas as pessoas tem tempo ou paciência para dedicar-se a um conteúdo tão extenso. Além disso, o título dos nossos episódios não é um indicativo adequado do nosso conteúdo, pois neles usamos o nome do jogo clássico tema do episódio, mas essa discussão acontece apenas na segunda metade do programa, mais de uma hora após o início. Imagino que o ouvinte possa se sentir enganado, ao ouvir por tanto tempo o episódio e não ver sinal da conversa sobre seu jogo favorito. Na abertura eu faço questão de avisar que o programa é dividido em capítulos, justamente para que o ouvinte possa avançar para o bloco de seu maior interesse com facilidade, mas imagino que talvez nem todos tenham noção de como fazê-lo ou paciência para tal.
A partir do terceiro episódio, percebi que tínhamos conteúdo o suficiente pra dois podcasts em cada gravação, não só pela sua duração, mas também pela divisão do conteúdo em blocos. Fui amadurecendo a ideia à medida que editava, e cheguei à conclusão que os episódios seriam melhor aproveitados e mais satisfatórios se dividíssemos seu conteúdo em duas partes, sendo a primeira metade a "Moderna", em que falaríamos sobre qualquer coisa que temos consumido sobre jogos de luta e o dojo, e a metade restante a "Clássica", onde evidentemente haveria uma discussão sobre um jogo fundamental do gênero. Dessa forma, os títulos dos episódios serão mais assertivos e os ouvintes vão receber o conteúdo que desejam mais rapidamente.
Todos os membros da bancada tem que conviver com um problema chamado vida adulta, que toma boa parte do precioso tempo que deveríamos investir jogando videogame, e, por isso, eventualmente não consumimos todo o conteúdo que gostaríamos pra poder discutir no podcast. Por isso vamos também mudar a orientação dos episódios modernos, trazendo discussões e temas que não dependam diretamente de preparação aprofundada para serem produtivas e prazerosas. O bloco "Luta Diária" deve passar a se chamar "Escolha Aleatória", para refletir essa mudança. E uma das partes mais divertidas da edição é a escolha das músicas, então com o dobro de episódios, dobram-se as músicas, incluindo o cola-brinco, que agora deve acertar uma orelha de cada vez.
Pretendemos lançar os episódios com uma semana de intervalo, o que não vai necessariamente tornar o programa semanal ou quinzenal, mas certamente vai melhorar a pulverização do nosso conteúdo. O programa deve continuar evoluindo e se adaptando com o passar do tempo, e esperamos que estas mudanças venham se refletir tanto na qualidade do programa quanto no alcance, pra que mais pessoas possam sentir a energia positiva que tentamos transmitir através da nossa paixão pelos jogos de pancadaria.
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